terça-feira, 14 de julho de 2009

AFA ( academia da força aerea brasileira)

O Brasil não está em guerra, mas o combate ao narcotráfico internacional e a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB) colocam em evidência uma profissão militar, a dos pilotos de caça. São eles que vão apertar o gatilho para que se cumpra uma polêmica lei regulamentada pelo governo Lula, a Lei do Abate, que permite a derrubada de aviões de narcotraficantes que invadam o espaço aéreo brasileiro. E eles serão os primeiros a pilotar os ultramodernos jatos de combate que o País pretende comprar, o chamado Projeto FX, uma licitação de no mínimo US$ 700 milhões atualmente em banho-maria e cobiçada pelas cinco empresas pré-aprovadas na concorrência.
Fazer parte desse grupo de eleitos, “caçadores”, no jargão da Aeronáutica, não é fácil. Neste ano, 3,4 mil candidatos se inscreveram no exame vestibular para disputar 20 vagas de aspirante a oficial-aviador oferecidas para 2005 pela Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga, São Paulo. A seleção, iniciada em maio, tem várias etapas e inclui provas escritas, avaliação psicológica e testes de saúde e capacidade física. Quem tem mais de 1,87 m de altura é excluído logo de início. Motivo: o assento ejetável dos aviões de treinamento não comporta pilotos muito altos. O estudo é puxado, são cerca de 1.300 horas/aula por ano contra cerca de 800 em uma faculdade civil e, além da formação específica, o currículo inclui aulas de direito, economia e administração. A dureza continua mesmo após a formatura, com cursos e especializações obrigatórios. “O aluno poderá voar num avião do Projeto FX oito anos depois de entrar na Academia. Antes disso, impossível. É um tremendo investimento na carreira”, afirma o coronel Waldeísio Ferreira Campos, comandante do Corpo de Cadetes da AFA, para quem o processo extremamente seletivo não afugenta os candidatos. “Todo piloto de caça é rigorosamente formado, principalmente porque ele estará sozinho na pilotagem.” E o mundo das batalhas deixou de ser exclusividade masculina desde 2003, quando AFA passou a aceitar mulheres. Naquele ano, dos 8,1 mil vestibulandos disputando 100 vagas, 3,2 mileram do sexo feminino.

Os cadetes aviadores iniciam a instrução aérea no 1º semestre da 2ª série, voando o T-25 "UNIVERSAL", avião de instrução primária/básica de fabricação nacional, e, nessa aeronave, voam cerca de 75 horas. Na 4ª série, os cadetes realizam a sua instrução na aeronave T-27 "TUCANO", turboélice de instrução avançada, também de fabricação nacional, no qual voam cerca de 125 horas.
Nessas aeronaves, os Cadetes desenvolvem as qualidades individuais de pilotos militares, dominando o avião em manobras de precisão, acrobacias, vôos de formatura e por instrumentos. Dessa forma, preparam-se para empregá-lo em futuras operações de combate, o que se verificará, após os quatro anos acadêmicos, em Natal (RN), como Aspirantes-a-Oficial-Aviador.
Aerodinâmica, Propulsão a Jato, Navegação Aérea, Tráfego Aéreo, Inglês Técnico e Meteorologia completam o currículo técnico-especializado do Curso de Formação de Oficiais Aviadores.
O Curso de Formação de Oficiais Aviadores aceita matrícula de cadetes do sexo feminino na AFA.

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